sexta-feira, 19 de maio de 2017

As horas que são

São dez e trinta e cinco. Recordei, e transmito, uma cantilena da minha mãe, cujo o autor se desconhece (quero dizer: eu desconheço e a minha mãe também), mas vá, a cantilena:

Não é tarde nem é cedo
É mesmo a boa hora
Meu pai já está deitado
Minha mãe deitou-se agora

A minha mãe declamava frequentemente este verso, olhava para o relógio e se estava na hora de qualquer coisa, fosse o que fosse, passar o pano por sobre qualquer superfície, varrer o chão, pôr a panela ao lume, levantar-se da mesa, abalar para o trabalho, lá vinha o verso declamado, e olhem que havia solenidade no seu tom de voz.
Ora bem, está então na boa hora de deixar o movimento último, emparelhando outros dois movimentos que já ocorreram no blogue, um há dois dias, outro há três.
|emparelhar implica duas pessoas/animais/coisas, bem sei, mas como sou uma perversa do caraças vou emparelhar três posts|






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