quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Como te sentes, ó Gina?

(atrasada)

Sacalhão

Comprei um sacalhão daqueles de vir cheio do supermercado. Tem quatro asas, duas maiores, para pôr a tiracolo. Escolhi o do peixe. Agora já sou uma mulher como deve ser. 

literal

catorze e vinte e oito
já limpei a merda das casas-de-banho

Ruído

De manhã, café à janela. Há um ruído de arrastar de metal que ouço sempre que. É já tantas vezes que imediatamente associo o som à saída de alguém do prédio, o metal é portanto uma porta. Só hoje percebi que não é do meu prédio que sai alguém, mas do outro ao lado.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Como te sentes, ó Gina?

(pintada)

Caída a meus pés

Tenho andado de roda de uma parte do estaminé que é demorada de ver acabada. Dentre os passos a dar com cada um dos pequenos artigos a (re)expor, arranco a anterior etiqueta, inteira ou em pedacinhos, estando eu, portanto e por estes dias, muito familiarizada com lixarada e lixarete em partículas-mil. A ideia mais avançada nesta tecnologia seria tudo parar dentro de um caixote, contudo, algumas partículas escapam-me das mãos e sobrevoam o lugar onde estou a trabalhar, podendo, em querendo, enfiar-se em sítios escondidinhos de mim. Tanto podem e querem, que no outro dia estava eu no Ginásio, esperando o esticanço do corpinho, quando vi no chão da sala uma partícula, coisita para três milímetros quadrados. Toda eu me espantei sobremodo e sobremodo especulei com o resto de mim: a minha amiga havia caído dentro do cano da bota, sobrevivera ao descalçar desta e calçar do téni, mas, e este mas é do caraças, ao momento de por sua vez o téni ser descalçado, se libertaram três milímetros quadrados de papel autocolante que em tempos colou, e, no chão aterrou. Pois. De nada, ora essa.

porque é que eu publico coisas como estas?

→ porque quem vê/lê não se incomoda
→porque quem vê/lê e se incomoda não se manifesta

as horas que são


é meio-dia
acabo de comer
quatrocentos gramas de morangos
menos quatro morangos
que deixei para o meu colega
que comilona





Guizo

Ando há meses com um guizo dentro da mala. Não faz banzé, mal se ouve, ouço só eu, só eu me apercebo porque só eu sei o que e onde está. Não sei como veio o guizo parar-me às mãos, que das mãos para a mala sei como foi, mas agora não tenho tempo para aprofundar essa questão. Só para dizer, ainda, que o meu sonho mais profundo, ah ah, é arrebanhar mais uns quantos guizos e ópois andar por aí fazendo, não só banzé, como sensação por entre as gentes.

Hoje é dia do Morango, disseram na Radio

Dia de (disseram na Radio)

Ai ó pá, que atrasada!, que foi ontem que disseram isto na Radio!, e disseram o quê?, que

Ontem foi dia de andar de calças de ganga. Não fui na onda. Sempre fora do curso do mundo, sempre fora da regra livre, sempre fora do rebanho, sempre fora, fora, fora.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Como te sentes, ó Gina

(de castigo)

Precisa

Rica filha não precisa de mãe
Rico filho não precisa de mãe
Casa não precisa de mãe
Estaminé não precisa de mãe
Bicho-cão não precisa de mãe
Ginásio não precisa de mãe
Natureza não precisa de mãe
Mundo não precisa de mãe

Comprinhas

Vi três faturinhas em cima do balcão do nepalês da frutaria, todas ainda agregadas por um só pico, sabem?, e perguntei-lhe se podia levá-las para recordação. Ele disse 'ah sim, recordaçau, recordaçau'. Eu até lhe explicava a recordação, já o elucidei de tantas expressões e palavras em português, mas a gente não tinha tempo para mais conversa.

fatura do meio-dia e trinta a três:
quinhentos e trinta gramas de tomate
uma alface
fatura das treze e um:
três mil e cem gramas de maçã
vinte e cinco gramas de gengibre
mil e oitenta gramas de clementina
cento e quarenta gramas de cebola
fatura das treze e cinco:
trezentos e quarenta gramas de pera abacate
duzentos e oitenta e cinco gramas de banana

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Venho registar que o Carnaval do ano corrente foi a treze de fevereiro







É que nem unzinho post eu fiz acerca de...
ano: dois mil e dezoito

Sonhos (de) primos

Sonhei com a minha prima. Incitava-me, com seus gestos brandos, a que não tivesse vergonha de escrever.
Sonhei com o meu primo. Estava tão feliz por vir dormir cá a casa que nem esquecera o roupão.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Planos para o fim de semana

Tenho em cima da mesa da cozinha o plano já executado. Chega o post ao sábado, às nove e tal da noite, eu a chamar planos ao plano e tudo, porque foi esta tarde que me deu na mona fazer uns quadrados de massa folhada com tomate previamente temperado e metido no forno. Devo dizer, devo mesmo, vou dizer bens, que já sei fazer massa folhada, só falta usar a minha receita mais uma vez, a ver se é mesmo esta que é minha e depois logo a ponho aqui. E os quadrados lá estão. Lindos. Saborosos. Estaladiços. E os tomates também isso tudo menos a parte estaladiça, que são de textura como que mólinha. Não tirei foto à obra porque é de noite. Até amanhã.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Vida de Gina

No mesmo dia...
Vi um filme que numa das cenas mostrava uma mulher, esposa de um psicólogo, irromper consultório adentro para lhe comunicar abruptamente que o traíra com outro homem. Enquanto a confissão saía de rajada, a doente que estava a ser consultada dizia por entre lágrimas 'depois a minha cama transforma-se num grande bolo'. Ou seja: que coisa mais ridícula, enquanto a vida de um homem é destroçada com um triste facto, alguém se aflige com uma paranóia.
No consultório de psicologia, a senhora da receção teve que me fazer o especial favor de mandar uma ordem, via computador, confirmando a minha consulta no andar de cima. Isto não é costume acontecer mas naquele dia, por questões sem motivo para expor aqui, assim teve que ser. De maneiras que apanhei a senhora já de costas, na disposição de ir gozar o seu (merecido) intervalo e comer a sua bucha (quem trabuca, manduca, por mim é na boa). E ela, faminta, mas conscienciosa, voltou atrás e atendeu-me, não sem antes se queixar que tinha um buraco no estômago e que estava tão perturbada que quem precisava de consultas de psicologia era ela.
Marió raspanetou (vem de raspanetar, que, por sua vez, vem de raspanete) 'não estou para ouvir essas parvoíces!', outras sim, digo eu.

Eu estou deprimida num alto grau. Eu não ando em consultas de psicologia por estar bem, antes pelo contrário, entremos pelo óbvio, e é óbvio que padeço de uma grande pancada nos cornos, o que faz com que, portanto, tenha direito ao tratamento. Não costumo expor esta questão abertamente porque me envergonha e sei o quanto estas doenças são menosprezadas, tanto por quem nunca as sentiu, como por quem já. Pronto, sabem como é, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, a tristeza é tida como parvoíce desarrazoada, a apatia como preguiça, as lágrimas são de crocodilo, italital. Uma canseira para os demais, portanto. Oh. Não sei como terminar este post. Bom fim de semana! E eu gosto de vocês na mesma, que a pancada não me dá cabo disso.

Cartõezinhos da maluquinha


Desde já a ressalva: n' a maluquinha que está no título, é de mim que falo.


Ando com dois pedacinhos de cartão no porta-moedas.

Um deles, desinteressadamente, quer-me recordar o número da tinta para o cabelo, que o interesse propriamente dito, de mim parte. É que nas últimas vezes havia esquecido de guardar a badana da embalagem, de modo que, desta vez, e quiçá para todo o sempre, lá está o 4.15, o que no caso, e por modo a que a cliente saiba exatamente que cor vai atingir, lhe chamam de tiramisú, julgando eu que se apoiam na cor do cacau que cobre este doce e não nos meios e no fundo. Sim, ao momento, tenho uma cabeça da cor de um doce tipicamente italiano – olá, o meu nome é Gina – mas que não se come. Ou come, mas pronto.

O outro deles, cheio de nervos e afins, quer dizer ao senhor doutor da farmácia que o fármaco, de que estou dependente e quase imediatamente necessitada, se manda vir do laboratório talicoiso. Agora já estou habituada, também, a isto de guardar uma badana para saber qual o laboratório de onde provém a minha dependência, mas nem queiram saber como foi nas primeiras nove vezes: e qual é o laboratório? e qual é o laboratório? e qual é o laboratório? (isto vezes três) E eu: não sei, desculpe. e não sei, esqueci-me de guardar a embalagem. e não sei, ai, a ver se da próxima vez não me esqueço de anotar. (cada uma vezes três)
Numa dessas nove, depois de me serem mostradas todas as fluoxetinas que havia naquela farmácia, e não reconhecendo eu as cores*, a textura e até o sabor da embalagem que me encantaria a mente, a senhora doutora achou por bem escolher(mos) a que melhor se aparentava com o tamanho do meu porta-moedas, não sem antes me afiançar que não ia sofrer sintomas de privação, que era tudo igual e mais não sei o quê. Mas sofri, o que prova a importância da pergunta e qual é o laboratório? Quero dizer: não sofri, oh! Ou sofri mais ou menos, vá, piorei um bocadinho, e desde aí é este o laboratório que me fornece. Daqui já não me mudo, levo a badana e pronto, continuo maluca. É.

*sim 'migos, há não sei quantos laboratórios a fornecer (produzir?) esta substância em Portugal. O nome mais bonito disto tudo é Prozac.

Lugar da musa

Achei um piadão a uma trupe que se apresentou no lugar da musa. Todos de casaco, camisa e gravata. Todos de cores sóbrias. Todos, conforme se iam sentando, me olharam com curiosidade e surpresa, presumindo eu que tal se há devido ao cantinho onde eu estava sentada. Aquele cantinho é único, não o único, mas especial e único, porque é um cantinho do mais cantinho que há por ali, e vem daí a curiosidade de tais cavalheiros.

As horas que são

É meio-dia, anuncia o meu colega (vamos supor que solenemente)
Onde é que queres ir almoçar, a pergunta (dele, vamos supor que inocentemente)
Ah ah, a resposta (minha, estejamos certos que gostosamente)

obituário

Dona Raqueline morreu. Doravante, quais quartas-feiras à tarde em visitas ao cabeleireiro, quais quê. Dona Raqueline tem muitas moradas nos meus blogues, julgo até que já vem do Verde Água, blogue a que cortei o pio em julho de 2012... Olhem, vou pesquisar.
Pumba!, vai buscar!, 4 de junho de 2009!, eia pá!


Va(Fo)mos à cabeleireira
Tivesse eu saudades de ver a Dona Raqueline e saberia como as aniquilar. Para tal existem duas oportunidades em todas as quartas-feiras de cada semana com precisão pendular, digo eu.
Oportunidade número um:
São quinze e vinte. A Dona Raqueline aproxima-se ligeira, cabelo escorrido e baço mas impecavelmente penteado.
(boa-tarde minha senhora tá boa e todos os seus vamos indo bem obrigada)*
Oportunidade número dois:
São dezasseis e cinquenta. A Dona Raqueline vem agora no sentido oposto. O cabelo apresenta-se brilhante e volumoso na medida em que é possível pois a cabeleira não é assim lá muito vasta. Mas... ainda assim... impecavelmente penteado. Ah pois!
(boa-tarde minha senhora tá boa e todos os seus vamos indo bem obrigada)*
* A chamada troca de galhardetes. Ou então também se pode chamar conversa desprovida do sentimento que deveria acompanhar as palavras.

Cliente

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

De manhã

Era de manhã e a gente tinha que ir buscar umas coisas a um armazém. Como era primeira visita, andámos perdidos até o meu colega se decidir a perguntar ao homem da bomba – vulgo posto de abastecimento de combustível a viaturas (está bem assim, né?) - que... vamos lá a ver, bom, é que ele fazia o gesto de indicar como quem faz o passarinho. O passarinho, sabem?, isso, o passarinho. De maneiras que. Ó pá, então, acho a vida engraçada.

Vida animal

Nos últimos tempos, Karen tem passado as tardes em cima do armário da cozinha e Kildo tem andado mais atrás dos meus passos do que na sua vidinha solitária de bicho-gato detentor do pedaço. Kildo não é assim, digo isso de ser mandão do lugar, não, e Karen só quer que a deixem estar. Mas eu, com a mania que sei lidar com a bicharada, desde que não se mostre feroz, como é o caso, tenho andado a ver se a conquisto. Hoje lá andei eu, de roda da bicha-gata com olás! e pi-pi-pus! E consegui reação, ah pois consegui, que ela estendeu o focinhito para me cheirar. Estamos, as duas, quase lá, 'migos, ai estamos, estamos.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

(Outra) Hora de escrever

É (Outra) porque hoje já escrevi coisas no lbogue... ai perdão, blogue. É quase hora de almoço, e hoje vou por aí acima, fazer a minha vidinha. Minha/vidinha, rima.

…Minha/Vidinha, Rima…Minha/Vidinha, Rima…Minha/Vidinha, Rima…

Hei de ver se afinal a planta à janela ainda lá mora. É que nos últimos tempos

…………


Continuo agora, que, há pouco, tempo não houve de mais.
É que a planta à janela já lá não consta vai para semanas, ou mesmo meses. Pode ser do frio de inverno, pode ser mudança de morada, pode ser um número infinito de motivos. Observei, hoje, então, uma vez mais e... há uma planta à janela, sim senhores, mas não aquela.

...planta à janela, que não aquela...

Dia de (disseram na Radio, sei lá se disseram)

Pelo que fui ouvindo, hoje é dia de crumble de maçã.
Crumble de Maçã, dê-se importância
Ó pá, e eu que gosto tanto, ó pá, e as pessoas da Radio que discutiam qual teria sido o melhor crumble das suas vidas, ó pá, ó pá. Tivesse eu tempo, e ia lá levar um crumble cá dos meus, morninho, a ver se não ficavam logo todos entusiasmados com o tamanho da minha cozinha...

Mesmo que ela te dite: 'desiste', tu: 'não!', ouviste?




...


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Está na hora de escrever

São três e tal e cá estou eu. O tempo tem estado quentinho, isto, levando em conta que há uma semana ou duas estava aquele frio da porra e, agora, tendo subido um poucochinho a temperatura do ar, já parece que é quase verão, mas, verão que não é.
Há bocado, ainda manhã, passei pelo latim e vi mochilas em cima do pedestal. Estudantes praxavam, estudantes eram praxados, mochilas ali enquanto. Lembrei que, andando eu, ainda, ai credo tanta vírgula, hum, na enga de ir ver o latim, indo, já o veria à luz do dia, que agora há luz solar durante mais tempo. Mas não. O latim continua bom e belo, nada contrário, que é lá isso, mas é que eu, por ora, sou por outros focos.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Motivo

Escrevo de bolos e guisados e ingredientes porque este tema me esconde a tristeza, não deixando de me revelar o caráter.

Boas & Más

Sempre quero ver se as natas que comprei são boas. São daquelas do frasquinho.
Não são do pacotinho
– que são as que têm muita vida, três meses, ou lá que é –
não são do boiãozinho
– que são as que têm vida para duas semanas, acho eu –
são! as do frasquinho, que têm vida durante não sei quanto tempo, que ainda não me deu na cabeça fixar essa informação, que foi mais ou menos o que fiz com a longevidade das outras. A pessoa sabe lá.

Acho que vou

Acho que vou fazer galette de pêra e chocolate. Galette, é a tarte dos preguiçosos. É arranjar uma massa para base e espetar nela as frutas que se quiser, muito embora as carnudas sejam as mais adequadas, aromatizar conforme o apetecido, acrescentar alguns frutos secos, colocar tudo por cima da dita massa, dobrar os excessos para cima do recheio e levar ao forno uma meia hora.

No caso desta que acho que vou fazer...

Aproveito e aproveito o tal resto de massa de bolachas de avelãs. Ora pensem comigo:
o que melhor combina com avelãs?
chocolate!
o que melhor combina com peras?
chocolate!


Então... pronto.



Lanchinho

(há quanto tempo não 'Lanchinho'...)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

hoje, enquanto dia, o dia esteve um dia de sol aberto e a temperatura do dia era boa




boa noite




Lugar da musa

Estou no lugar da musa, a leitaria não sei que mais – ou sei, mas coisum – e estão aqui as septuagenárias de outros tempos, de outro lugar (que também podia ser) da musa. Lembram-se delas? Se não se lembram, não faz mal, eu gosto de vocês na mesma e recordo-vos:
a septuagenária da camisola
a septuagenária da novela
a septuagenária da cicatriz
Não é que elas andem atrás de mim, perseguindo-me lugares da musa afora, nada disso, eu é que ando atrás delas, eu é que as noto, eu é que as escrevo, eu é que lhes chamei o que chamo. Falavam de chefs de cozinha, que agora as comidas com bom ar, se provindas da criatividade de um desses senhores, logo recebem um nome especial, só que aquilo nada tem de especial, em todo o tempo se viu rosetas de cenoura enfeitando os pratos. Bom, coisum. Venham cá ver, que isto é bonito. Uma das paredes está totalmente preenchida com uma foto onde se pode ver um desfile de mulheres fardadas – de padeiras, acho eu – segurando alegremente – a maioria – tabuletas com o nome que este lugar ainda mantém. Cada placa que compõe a enorme foto tem a sua iluminação, fraca, como se quer, por modo a não abrilhantar demasiado e assim acabar com a mensagem do fotógrafo e das mulheres. O café é muito bom, daí nos últimos tempos ter regressado frequentemente e ter chamado lugar da musa ao novo lugar da musa.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

A minha

Mostrei a minha frieira a sua majestade, que o afligiu muito.

Cadeira de madeira

É uma cadeira igual à forma daquelas dos realizadores de cinema, só por dizer que não tem panos a fazer de assento e encosto, nem nomes. E está no Ginásio.

Post general (porque vou generalizar)

As senhoras que estão no balneário do Ginásio aquando da parte da manhã são mais simpáticas do que as de tarde. Julgo que esta diferença se deva ao sentimento de nascimento recente, de renovação, de 'bora lá viver, que é coisa mais aparecida de manhã, por contágio do dia, que é ainda tão fresco.

E o Tejo, ó Gina?

Cinzento, 'migos, cinzento. Mas lindo, obviamente lindo. Tenho uma surpresa reservada para vocês que, correndo-me os dias como espero, verão no próximo domingo.

A aula é diferente

A aula da manhã, por ora, é diferente, mas, afinal, nem tanto assim. Dantes era Pilates, dado por um professor, agora é Alongamento e Postura, dados por outro professor, não menos bom, não menos atencioso, não menos profissional.

Ler e escrever

Há quanto tempo não lia e escrevia e lia e escrevia e afora fora. Estive no Ginásio e, ao depois do exercício, na altura do cafézinho, hoje acompanhado de scone (crocante porque decerto lhe foi colocada farinha de milho), estive a ler blogues. Então, aconteceu parar a leitura amiúde para apontar as minhas coisinhazinhas.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Jaime

É sempre complicado cruzar-me com o Jaime da farmácia. Foi no supermercado, o cruzamento, mas foi a tal da complicação. É balança que já nos vem de há quarenta anos.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Nós, as Ginas

Nós, as Ginas, temos línguas e bochechas tumescentes. Daí andarmos sempre a mordê-las. Tanto nos podemos morder pela maçã biológica do lanchinho da manhã, como com uma metade de chocolate perverso. Ponto principal: mordedura, não vá isto não se perceber e, por  ora, esse pensamento está a fazer-me impressão.

Nós, as Ginas

Como andamos feitas doidas a experimentar receitas, temos no congelador uma catrefada de sobras. A sabermos, para que no futuro saibamos:
um resto de creme de brigadeiros
um resto de massa de bolachas de avelã
um resto de recheio de limão

E faremos então o quê?, dois pontos
os brigadeiros
as bolachas
as bolachas com o recheio
uma tarte com a massa das bolachas
uma tarte com a massa das bolachas e recheada com
as bolachas recheadas com o creme de brigadeiros

? ? ? ? ? ?

O creme de brigadeiros, fizemo-lo a imitar um cheesecake. Para isso, armámo-nos em boas e fizemos um queijo, levando leite e vinagre (um litro de leite para três colheres de sopa de vinagre) ao lume até ferver e talhar e no seguimento se coar, descartando o soro e retendo o queijinho. Então, aconteceu-nos que o queijinho ficou poroso, textura nada semelhante ao queijo-creme, e esses grumozinhos, não se desfazendo nem por nada, conferiram a mesma textura porosa ao creme de brigadeiros. Nós, as Ginas, somos mulheres desenvoltas e criativas até na cozinha, contudo, há alturas em que essas coisinhas nos desamparam, até na cozinha. Mala suerte. E nós entretanto resolvemos congelar o dito, para futuras aplicações... Que já realizámos. Uma. Uma aplicação, queremos nós dizer. Preparámos uma vez mais uns queques de chocolate que são de morrer (bem morridas) e montes de fáceis (receita aqui) de conseguir (bem conseguidos) e espetámos com uma bolinha de creme dentro da forminha de cada queque, isto a meio da cozedura. Não ficando muitaa bom, não senhores, também não ficou nada mal.
A massa de bolachas de avelã, olhem, nós, as Ginas, não sabemos se lhes havemos de dar sumiço com a tal tarte, sabemos lá nós com que fica a matar (bem matado) com avelã...?, chocolate, claro!
O recheio de limão vem do dia em que experimentámos os whoopies de chocolate e com os quais ficámos extasiadas. Porém, ou fomos sovinas na distribuição do creme, exageradas no tamanho das metades dos whoopies, ou as quantidades da receita estão desequilibradas. É que sobrou-nos uma beca de creme, como já decerto perceberam.

Sonhos


Sonhei que a minha máquina fotográfica montes de espectacular não ligava. Não é que se tinha avariado, é que não ligava. Percebem? Claro que sim, por isso acaba-se aqui a conversa.

Sonhei que a mulher do blogue estava invejavelmente magra. Tinha umas perninhas fininhas, fininhas, uma carinha coisinha, nada de barriguinha e tipo assim, e era tanto assim que já andava a tratar de engordar.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Tenho uma banheirinha

Tenho uma banheirinha cor-de-laranja, cor de laranja suavizada, a cor, quero eu dizer. É uma daquelas banheirinhas de estar dentro de gaiolas de bichos-pássaro a bem da limpeza dos ditos. De onde veio?, veio do lugar escondido, vulgo armazém do velho estaminé. 
Sabem que eu – e isto é um à-parte – ando para filmar o armazém vazio e não consigo lá ir?, claro que não sabem, sabem agora porque me estou a declarar. 
Guardei a banheirinha por me lembrar um brinquedo. Tudo o que alude à brincadeira é leve e colorido.

A data 2015

A data que se vê na foto abaixo, e que já no outro dia publiquei no blogue, é, provavelmente, da altura em que deixei de fazer vestidos e saias e blusas. Havia estreado a agulha, portanto: não era nova, mas havia uma outra agulha mais velha que era preciso matar. Entretanto, troquei de agulha porque precisei de coser um tecido muito fininho e a agulha mais velha, para essa finura, estava romba, então lá estava o lembrete no pacotinho da última agulha. Ah, a última agulha do pacote. Tenho, pois tenho, que comprar mais, qualquer dia parte-se-me esta derradeira e lá fico eu sem coser coisas. Só por dizer que por ora ando pouco coisa da costura.


Comprinhas

Mil seiscentos e sessenta gramas de maçã
Quatrocentos e noventa e cinco gramas de batata-doce
Seiscentos e cinco gramas de couve-flor
Duzentos e noventa e cinco gramas de bróculos
Seiscentos e setenta gramas de cenoura

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Hora de escrever

Olá, bem vindos a mais um post, a todos um grande bem-haja.
Hoje, e nesta hora, está a fazer-me confusãozinha isto de escrever para ninguém. Porque de há uns meses para cá tenho menos tempo disponível para o blogue, coisa que pretendo mudar, pois que um dia as mudanças e as contagens dos estaminés e toda a azáfama inerente cessarão. Contudo, está a fazer-me a tal confusão(zinha) por conta de não saber se efetivamente sou lida ao ponto de se perceber que tenho - por ora, reforço - menos tempo para o blogue. Para escrever, quero eu dizer. E esta é a hora que hoje estipulei para escrever. Vai daí, o que é que acontece?, acontece que tenho o músculo fraquinho, não tenho a criatividade em alta, o que me faz mais criteriosa nos temas que quero apresentar. Não é que dantes não houvesse umas horas no dia em que era mais fácil, ou apetecível, tratar do blogue. Havia. Mas - por ora, ah ah – não disponho de todo aquele tempo. Eu era, e sou, de ir escrevendo, não faço nada de uma vez, se construo algum post de rajada, é dos curtos, não estes assim, extraídos do nada. Porque eu vim escrever acerca de nada. Porque eu não tenho nada para escrever.
Ah!, o tempo, esse salvador do vazio de palavras!, pois!
Está de chuva, que é miúdinha e molha somente as cabeças de bom valor, portanto estou safa. Há pouco fui comprar uma seringa.
|à-parte: sou janada, pois sou|
Pedi ao senhor doutor da farmácia que retirasse logo ali a agulha, que não precisava de tal na minha vida, que ainda algum senhor agente me interpelava na rua com desconfianças de correrem estupefacientes nas minhas veias e é preciso a pessoa precaver-se e talicoiso.
|se apresentei esta conversa toda, é o que querem saber?, apresentei pois|
Só que logo o senhor doutor me afiançou que aquelas não são as seringas dessa malta, que são muito grossas, que se eles fossem meter aquilo nas dobrinhas das suas chichas, estragavam-se. Mais. E mais depressa. E quando vinha da farmácia estava a chover a tal chuva e eu não me importei nada com isso. Ora então, daqui se depreende que.
Ah!, pacotes de açúcar!, são também salvadores do meu eu que escreve!
De manhã, ao café da manhã, notei nova coleção nos pacotes da marca Christina - com agá entre o cê e o érre, ah ah – que é marca do Norte, que lançou dizeres do Norte, calhando-me estes:





Ó pá, já agora mostro as frentes:





Não é incrível e risível que lhes ponham uma espécie de tradução?!
Agora me lembro: tenho algumas ideias em documentos no pc do estaminé. Ainda não vos disse que o pc do velho estaminé é meu, como que o herdei, é assim uma espécie de legado, ou então foi-me oferecido, na verdade não sei bem, mas sei o que mais interessa: é meu. Uma dessas ideas são perguntas trambalazanas:
a tua esfregona é de tiras ou de fios
quantos dedos tens
Podia dar-me para perguntar que idade tens, onde moras, o que fazes para sobreviver... Mas não. Ora. A ideia primária era conseguir vinte perguntas do tipo trambalazanas mas fiquei-me nas quinze. Tenho esta ideia gravada no pc há para aí dois anos, vejam lá. Isto de eu vos tratar assim, é coisa que não aconteceu sempre na minha vida de bloguer, dantes, noutros blogues, escrevia sempre no abstrato, sentia-me desconfortável fora desse tom, até que me deixei disso, como podem perceber.
Ah, 'Hora de escrever' pus eu no título deste post - que afinal está enorme e ainda nem acabei, ah ah – convencida que me ia dedicar somente ao tema. Só que vim por aí. E se a hora em que comecei a escrever foi o meio-dia, agora são quatro e tal da tarde. De nada, ora essa. Vinha, nesse princípio, falar dessa situação de ter uma hora específica para escrever, e o quanto isso me condiciona a criatividade.
|vou lá acima ler o que escrevi, que já não tenho presente|
|pois... já escrevi tudo acerca|

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

O Whoopie* que faltava






*...

Lugar da musa

Os pacotes de açúcar deste lugar da musa vêm com frases em inglês. Tudo bem. Safo-me. Há uma tão gira, ó:

Come here you big beautiful cup of coffe and lie to me about how much we are going to do today.

E o Tejo, ó Gina?

Gina Maria Faixa pelo Tejo
Gina Maria Brilho em Tejo
Gina Maria Sol do Tejo

Comeres & Beberes

Omelete de Claras com Flocos de Pão Temperados
Salada de Tomate com Cebolinhas em Molho Agridoce
Gelado de Nata
Café Bruto
Caldo de Bacalhau com Legumes
Carne Prensada
Batatas Cozidas
Café Bomba e Curto

Queques de Gengibre e Maçã



Crumble:
6 colheres sopa açúcar amarelo
1 mão-cheia nozes
2 colheres sopa aveia
2 colheres sopa farinha
1 colher chá canela
3 colheres sopa manteiga fria
Massa:
1 ovo
1/2 cup açúcar amarelo
1/3 cup óleo
1/3 cup leite
2 maçãs Fuji
1 cup farinha trigo sem fermento
1/2 cup farinha trigo integral
1 colher sopa gengibre pó
2 colheres chá fermento pó
1 colher café sal
Preparação:
Colocar no processador todos os ingredientes para o crumble, excetuando a manteiga. Pulsar duas ou três vezes. Juntar a manteiga aos pedacinhos e pulsar novamente. Aglomerar a mistura de modo a conseguir uns pedaços de várias dimensões e reservar no frigorífico. Numa taça deitar o ovo, o açúcar, o óleo e o leite e mexer. Descascar as maçãs. Ralar 1/4 de maçã e cortar em cubinhos os restantes 3/4. À massa, juntar as maçãs preparadas e os restantes ingredientes. Mexer até tudo estar bem misturado. Dispor a massa em forminhas de queque e por cima colocar o crumble que se reservou. Levar ao forno durante 20 minutos.

Nota:
Receita retirada do programa 'Cozinha com Twist', que passa no canal 24Kitchen e é apresentado pela Filipa Gomes

Ontem

Não tirei fotos*
Não editei vídeos
Não escrevi

*a foto do post anterior tem quatro ou cinco dias

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Façam Whoopies Pies de Chocolate

Ó pá é tão bom. Mas é tão e tanto de tão bom. Há receitas que me encantam pela simplicidade dos ingredientes que levam e, mesmo assim, se me apresenta um docinho de comer e babar. Como agora, estou a escrever e a salivar. Sério. Bom. Consta que estes bolinhos surgiram na comunidade Amish e que têm este nome porque as crianças festejavam com um yupi! quando sabiam que os iam comer. Meninos dentro de uma razoabilidade incrível, já que, como já referi, são muitaa bons. Consta, também, que são muito melhores no dia a seguir. E são. O creme entranha-se no bolo, e este, ao princípio não querendo fraquejar, amolece e deixa-se penetrar.

foto..................................?
(tirei a foto com a máquina fotográfica não tão espectacular assim, que há uns meses decidi que passaria a residir permanentemente no estaminé, só por dizer que masqueceu de passar a foto para o computrador, de maneiras que não tenho foto... quero dizer: hoje não tenho, mas vou ter)

Whoopies Pies de Chocolate

Bolo:
1 ovo L
1 cup açúcar mascavado húmido
½ cup óleo
1 colher chá de baunilha
2 cups farinha sem fermento
½ cup cacau em pó
1 colher café sal
1 colher chá bicarbonato sódio
½ colher chá fermento pó
½ cup iogurte grego
½ cup leite
1 colher chá sumo limão
Recheio:
150 gramas queijo-creme amolecido
50 gramas manteiga amolecida
2 ½ cups açúcar pó
1 colher chá sumo limão
1 colher chá raspa limão
1 colher chá extrato baunilha
Preparação
Numa taça, juntar o ovo e o açúcar e mexer. Adicionar depois o óleo e a baunilha e misturar tudo muito bem. Para outra taça, peneirar a farinha, o cacau, o sal, o bicarbonato e o fermento. E numa outra taça, juntar o iogurte, o leite e o limão e deixar talhar. O que não demora nada, é só o tempo de começar a juntar os ingredientes secos aos molhados e ir alternando com última mistura que se preparou. Quando as três partes estiverem ligadas, colocar a massa dentro de um saco de pasteleiro e, por sobre um tabuleiro forrado com papel vegetal, moldar discos de aproximadamente 4 centímetros de diâmetro. Levar ao forno durante 10 minutos. Entretanto preparar o recheio batendo o queijo e a manteiga. Adicionar o açúcar aos poucos. Quando estiver misturado, juntar o sumo e a raspa de limão e a baunilha. Colocar num saco de pasteleiro e levar ao frigorífico para enrijar um pouco. Depois de os discos prontos e totalmente arrefecidos, recheá-los com o creme.

Nota: copiei esta receita do programa Cozinha com Twist, apresentado pela Filipa Gomes, no canal 24Kitchen

Façam Queques de Chocolate

Estes, já os experimentei há que tempos, é tanto assim que nem malembra de onde retirei a receita. Estes queques são fofinhos, húmidos e saborosos. O que, a bem dizer, é o que se pretende de um queque, né?, é. Da primeira vez em que... sim, já os preparei duas vezes, a primeira das quais alterei, fiz assim como que uma substituição, vá, mas, como vou apresentar as duas receitas neste post, a minha primeira e a original, que já referi não ter memória da procedência, as pessoas que me desculpem, em querendo, é questão de o/a leitor/a comparar para se certificar das diferenças por entre. Ora bem, então vamos lá. Antes de mais as fotos, que estão no blogue há que tempos, há tantos tempos quantos tempos há a primeira fazedura. Ópois vêm as receitas.





Queques de Chocolate, versão 1

2 cups farinha sem fermento
2 cups açúcar amarelo
1 cup chocolate pó
2 colheres chá fermento pó
1 colher café sal
Misturar todos estes ingredientes numa taça.
1 cup leitelho (leite com gotas limão)
½ cup óleo
1 cup água quente
2 ovos
1 colher sopa extrato baunilha
Misturar todos estes ingredientes numa taça. Seguidamente juntar o conteúdo das duas taças, colocar em forminhas untadas e enfarinhadas e levar ao forno durante 20 minutos.

Queques de Chocolate, versão 2

2 cups farinha sem fermento
2 cups açúcar
1 cup cacau pó
2 colheres chá fermento pó
1 colher café sal
Misturar todos estes ingredientes numa taça.
1 cup leitelho (leite com gotas limão)
½ cup óleo
1 cup água quente
2 ovos
1 colher sopa extrato baunilha
Misturar todos estes ingredientes numa taça. Seguidamente juntar o conteúdo das duas taças, colocar em forminhas untadas e enfarinhadas e levar ao forno durante 20 minutos.

Façam Brigadeiros de Tarte de Limão

Levar ao lume
1 colher sopa manteiga
100 gramas queijo-creme
50 gramas chocolate branco
1 lata leite condensado
Até a mistura se despegar do tacho. Retirar e deixar arrefecer. Moldar pequenas bolas e cobri-las com uma mistura de
açúcar e raspa de limão


Ó pá, eu sei que não se faz, isto de pôr aqui receitas sem fotografias, mas olhem, pumba e coiso. Ah, e a receita, copiei-a de um vídeo no Youtube, como planeio experimentar outros sabores de brigadeiros, eu ópois ponho aqui o linque.

Coisinhazinhas da cozinha minha

:::: 02/02/2018
Já lá tenho mais um pedaço pronto a usar. Congelei-o, pode eventualmente não me dar jeito preparar algo este fim-de-semana. Fiz novamente a massa folhada da Rita, vamos lá a ver se defino, finalmente, a receita que, de tanto preparar, passará a ser minha. Bom, mas logo vejo que faço eu.
::::06/02/2018
No domingo fiz uma merenda enorme. Ao domingo é dia de haver restos de almoços e jantar, que é dia de haver sopa fresquinha – a saber: canja – e, havendo pouco pão na caixa, olha, decidi juntar à canjinha uma merenda. Mas, como estava com défice de paciência para estender muita massa, decidi-me por estendê-la toda de uma vez, fazendo então a enorme merenda já referida. E, ao prová-la – sim, limitei-me à prova – notei-a quase perfeita. E isto porque, julgo eu, tenha deixado a massa mais fina. Eu chego lá, 'migos, eu chego lá.

Lisboa, Azinhaga do Sol a Chelas



(sol da manhã)





Vídeos, quem os vê

Vê, por exemplo, a Carminho. Um dia perguntei-lhe se podia filmá-la enquanto me tratava dos pés. Ela disse que sim e ficou curiosa. Expliquei-lhe do meu canal no Youtube e garanti-lhe que publicaria o dito vídeo no fuçasbuque para ela aceder mais fácil e rapidamente. Ora estas coisas das netes têm algo a que se chama algoritmo, e que consiste numa base de dados do caraças, ficando o nosso histórico de passagem na memória lá deles, o que lhes dá confiança para nos aliciar com propostas que gostemos de ver/ouvir/ler. Isso acontece, obviamente, mediante a tal base informadora. Portanto, quero eu com isto dizer, que o algoritmo da Carminho, fixando num qualquer ponto virtual que ela vira o meu vídeo - que publiquei no meu canal, pois sim, mas o linquei para o fuçasbuque - foi assim que a Carminho ficou conhecedora do meu canal, o algoritmo apresentou-lho melhor do que eu. É. E ela viu alguns vídeos e disse-se espantada pela positiva.
Vê, por exemplo, o Filipinho, grande amigo do estaminé. Diz que viu - também no fuças e por força do 'migo algoritmo - referência ao meu canal, tipo assim: olha lá, Filipinho, a Gina G tem um canal no Youtube, vai lá ver, vá. E ele foi. Diz que achou um piadão ao cenário do velho estaminé e fez um montão de perguntas: 'mas onde é?', 'ah é aquela parte ali?' e mais isto e mais aquilo.





sábado, 3 de fevereiro de 2018

Arroios

Boa tarde. São catorze e vinte e seis. É bem diferente percorrer Arroios ao meio-dia de um sábado, quando comparo, por exemplo, com uma quarta-feira às cinco da tarde. As pessoas com quem me cruzei estão de fim-de-semana, senti-lhes uma energia positiva. Se fosse uma dessas quartas-feiras, as pessoas estavam cabisbaixas pelo cansaço e apressadas pelo que ainda vão ter que fazer antes de se atirarem para aos lençóis. Nunca entendi muito bem esta coisa de sentir uma azáfama diferente por ser fim-de-semana, nunca a senti assim tão diferente, fui sempre ocupando os dias e as horas desses dias ditos de descanso, com azáfama. Não a mesma, é certo, mas é azáfama. A bem dizer nunca se descansa. O descanso é assim um pouco, talvez, como a felicidade, é coisa de vai e vem, não permanecendo mais do que o tempo em que nem damos por ele, pois quando se dá por ele - e aqui unicamente por mim falo – logo os deveres tomam a primazia. Custa tanto saber viver. Marió diz que eu tenho que querer aprender a viver e que tenho que crer que posso aprender a viver. Tantos ques. É difícil, principalmente – e lá estou eu a falar unicamente por mim – porque sou tomada por uma solidão enorme, é tudo eu e para mim e por mim e comigo. Mas como é que mantenho – ou tenho! - os amigos prontos a ouvir-me e a acompanhar-me se no fundo as coisas se passam somente dentro de mim? Se eu não gostar disto ou daquilo de alguém, é questão de mudar a minha! postura, não esperando que eles mudem. Vou mas é trabalhar mais um bocadinho e já cá venho. Olá. São agora outras horas e outros minutos. Já arrumei umas coisinhas, escrevi umas coisinhas em caixinhas, desencantei coisinhas e deslindei coisinhas. Já chega. Há pouco, naquele passeio pelas artérias de Arroios, na Pascoal de Melo, notei, pela primeira vez, vejam lá, que Fernando Pessoa viveu uns meses de mil novecentos e catorze num daqueles prédios. Fiquei logo a pensar 'olha, um dia vão gravar placas com as minhas moradas e fixá-las à porta correspondente, é certo'. Já me lembrei de listar o rol de tarefas que tenho por fazer aqui no estaminé, mas, como sabem, e se não sabem, não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, o tempo despendido para tal coisa fará encolher o tempo de que disponho para escrever outro tipo de coisas, não menos importantes, que é lá isso, mas mais dignas de registo, de presença na posteridade. Comprei duas forminhas para queques. É. No dito passeio. Pois. Já ontem comprei outras duas de outro tamanho para somar às que já tenho lá em casa. Conto que estas sejam ligeiramente mais pequenas e, se forem, logo vou completando o rol. Gosto de ter tipo assim uma dúzia e meia. Mais logo vou fazer tarte de maçã. Tenho gelado, que fiz eu, no congelador desde quarta-feira. Giro, giro, é eu ter começado este post com a quarta-feira.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Só que não, né?

Constante perguntinha de Marió:
«já viu, como funciona a sua cabeça?»
Hum-hum, sei como posso poderia responder-lhe, sei:
«se funcionasse bem não era preciso vir cá»
Só que não, né?, por conta dos costumes-como-deve-ser que preenchem parte do meu feitiozinho coisum. Ainda assim, mesmo com esta minha cabeça mal funcionando, o que vale é que vocês gostam de mim na mesma e nem ponho ponto final nem nada que é para a ideia não se vos acabar

Massachicha

Mais logo vou à massagem. Aquando da primeira visita, a de me inteirar de toda a trama que a compõe, foi-me dito que a esfrega e os puxões se dão nos braços, costas e nuca, e que era muuuuito bom. Bom, eu ópois vejo isso.

Posta-restante:
Ó pá, é tão mas tão muuuuito bom.

Numeração que já não vem a propósito

Vida animal

Com o passar deste tempo de convívio com os bichos-gato, Kildo tomou-me como visita simpática e habitual e começou a receber-me com miaus. Dias há em que, inclusive, levanta as patinhas a pedir colo... que não dou. Contudo, Karen, nada de melhoras ou diferenças em si há, tampouco dá mostras de algum dia se mudar da postura-susto, continua a encolher-se todinha às minhas investidas. Ontem fui dar com ela dentro de uma casinha de gatos que, vejam lá, encontrei pela sala, envolta em plástico, o que significa que fazia parte do rol de coisas que os dois tinham retirado de dentro do roupeiro de muitas portas, três das quais haviam conseguido abrir, daí o rol espalhado pela sala. Enumero:
6 pacotes de lenços, dos quais: 2 completamente despedaçados e 4 com o invólucro dentado
1 amostra de comidinha para gato, esgatanhada (é um termo que fica aqui que nem gatos estroinas) e encetada, pois claro
5 sacos de compras, calma... vazios
1 peça de roupa
1 casinha de gato, a tal casinha de que já falei acima

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Gina, a mulher que escreve o que quer:
-Boa noite.

Homem de sonho (e que existe)

Sonhei com o homem do blogue. Que, num mítingue daqueles dos blogueres, a gente finalmente lhe tinha visto a cara, e era uma cara normal. Onde não existiu normalidade foi no facto de todas as mulheres da blogosfera lhe terem dado uma palavrinha, o que muito as satisfez. Afirmo categoricamente que o homem do blogue é cheio de modos cavalheirescos. Tive, portanto, um sonho com um homem de sonho. Pois.

E o Tejo, ó Gina?

Ó pá tóin xiru! Eu já não malembra é onde parava a brilhante faixa.
- a quem não lembra, a brilhante faixa é o reflexo do sol em cima do Tejo e acerca da qual em tempos tanto falei no blogue -
Ao cabo de dois meses, regressei, 'migos, doravante há Tejo uma ou duas vezes por semana, e hoje o sol incidia, sim senhores, mas pouco, que as nuvens apareceram-nos, amortizando o esplendor, mas não o prazer em mim, que pouco mimporta o tamanho do brilho.